Todos sabemos que temos diferentes maneiras de ver o mundo... Um certo dia, decidimos experimentar isso, e mostrar uma à outra o quanto diferente são os nossos pensamentos!
Numa manhã de Primavera, enquanto o Sol brilhava, demos connosco a olhar em nosso redor, não a ver como todos os outros dias, mas sim, a olhar e a sentir.
Começamos pelo mar, um "mundo" à parte cheio de mistérios, onde para uma de nós reside a liberdade de um golfinho nos seus saltos acrobáticos ou a tranquilidade das simples ondas a rebentarem na areia encantada. Para a outra, é algo muito mais objectivo, o mar relembra-lhe as buscas e os ataques dos piratas, o seu estado varia também conforme o estado de espírito destes.
O céu, para a primeira, transmite infinidade e imortalidade, tal como o branco das nuvens, mas também a imaginação de duas crianças a brincar. Para a segunda, o mundo do pecado da gula, as nuvens são o algodão doce; os pássaros, rebuçados; os aviões chupa-chupas; os conhecidos gigantes lolli-pops… o Sol, uma grande e deliciosa panqueca, e ainda à noite, o imenso céu estrelado, as sensacionais estrelitas que comem todos os dias de manhã.
Por último, as nossas amigas montanhas, que para o rapariga mais séria, lembra a sua família e todos os momentos que passa na maravilhosa e pequenina terra do pai, onde a casa se situa precisamente no meio de todo o enorme espaço verde, com uma vista espectacular para as grandes montanhas e onde sente uma corrente de adrenalina a correr-lhe pelas veias, dando-lhe a vontade de correr até lá acima, como um animal selvagem, sem medos nem obrigações. Para a rapariga mais cómica e engraçada, com certos pensamentos maluquinhos, as montanhas são grandes Ogres que se levantam de vários anos de "hibernação", ou simplesmente continuam a dormir deixando que toda a floresta nasça nas suas costas.
Assim, tal como um esquilo envergonhado e um ouriço bravo são completamente diferentes, os pensamento delas são desta maneira opostos. Mesmo sendo quase familiares, cada uma sente a natureza à sua maneira!
Brenda Gonçalves nº3
Nádia Brás nº 18
10ºA
Um dia ao Sol
Sentadas ao sol, perto do ginásio, admiramos, extasiadamente, aquilo que os nossos olhos conseguem alcançar.
Desde o cemitério ao mar, passando por arvoredos longínquos avista-se um casão abandonado num ponto alto.
Casão esse, simplesmente com quatro paredes em cimento e um telhado para o proteger.
Olhando para o nosso lado direito, observamos uma imensa floresta acastanhada com diferentes espécies de árvores, nelas devem poisar pássaros, pois ouvia-se o chilrear destes.
No lado esquerdo, existe um cemitério com “almas” dos corpos que, infelizmente, já partiram do mundo terreno. Aqueles que ainda sentem a dor, do seu ente querido ter partido, em homenagem, colocam flores nas suas campas. Flores com cores vivas para demonstrarem felicidade, talvez do tempo em que todos eram felizes.
O sol escondeu-se e, uma leve brisa faz com que as árvores dancem... Uma lenta dança!
Por entre a dança, vemos uma ondulação que nos faz querer o Verão. É o mar salgado com uma cor azulada e com uma espuma branca que se forma através das ondas que embatem nas rochas.
Não se avistam gaivotas em terra, o que indica que o mar está calmo.
Tocou e a agitação humana começa. As crianças correm para irem almoçar e outras para brincar. Devido à agitação, a paisagem vai ficando alterada!
Carolina Salas nº4
Carolina Arsénio nº 5
10ºA
Observam-se pequenos socalcos, logo abaixo do local onde me encontro, estão todos cultivados, por plantas que daqui a umas semanas servirão para preparar algumas refeições.
Mais ao longe, vê-se o ínfimo horizonte, azul, transmitindo uma certa tranquilidade. O mar logo ali está esplêndido, azul, magnífico, as ondas vão rebentando calmamente, na maresia que quase não se sente.
Ao pé, corre também um gracioso rio, que têm o nome de “Rio Mira”, tem a sua foz mesmo ali. A costa preenchida pela vegetação local, em alguns espaços um pouco escarpada, mas não muito acentuada!
A pequena praia que se avista, está deserta, consegue-se observar e também ouvir os passarinhos que andam a voar sobre todo este belo lugar.
Ao lado da praia, encontram-se quatro caravanas, que transmitem a ideia de que estão também a observar a magnifica paisagem.
À direita avistam-se os edifícios do Colégio Nossa Senhora da Graça e também alguns alunos a observarem o que os rodeia e a escreverem sobre o papel.
As casas tipicamente locais estão mesmo junto à margem do rio, observa-se também algumas palmeiras junto a estas.
O céu, por vezes, apresenta algumas nuvens que cobrem o sol, não deixando assim, ver a brilhante luz natural, quase de primavera que este emite.
Vanessa Mendes nº 22
10ºA
Como a areia está para o rio
Aqui, onde o vento sopra, calmo, tal como uma criança que passa a correr, vejo-me sentada entre grandes árvores de verdes folhas, que gordas abelhas adoram; entre baixas plantas, talvez outrora altas e a mostrar o seu merecido respeito, que agora não passam de meros ramos, adormecidos no chão, pergunto-me como será que os pequenos passarinhos que passam por mim a voar tão rápido, numa corrida infernal uns contra os outros, conseguem viver nesta imensidade verde, daquele verde que apenas certas árvores se orgulham de ter.
Ao fundo, olho o rio, agora calmo, manso e suave, como se o coração lhe tivesse arrancado, apenas conseguindo glorificar-se com felicidade que outros vivem. Talvez o rio seja egoísta, talvez seja por isso que se revolta, em noites frias. O seu amor, a areia, todos os dias a têm de ver, fina e delicada como só ela sabe ser.
É ali, entre aquele vasto rio, de tons azuis-esverdeados que se encontra a felicidade, sentimento que a areia não experimentou. Talvez tente passar aquela pequena casinha de lenha, erguida ali milagrosamente, e por entre as folhas mortas (que esboçam as suas variadas cores, tal como um quadro pintado a óleo, que se torna o espelho do seu autor), eu consiga chegar ao rio, podendo banhar-me naquelas deslumbrantes águas, vendo ao fundo, a forte ponte que guarda o rio, tal como um leão que guarda os seus progenitores.
Maria Carolina da Cruz nº15
10ºA
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